“Análise de Swot”
(Uma abordagem didática)
É fundamental conhecer (ou ao menos ter noção), dentro do âmbito dos negócios, os pontos fortes e os pontos fracos, afim de robustecer as forças e fortalecer as fraquezas. No entorno, há que se monitorar a concorrência, os entrantes, etc., afim de avaliar as ameaças, suplantá-las e aproveitar as oportunidades para crescer vendas, lucros e ativos. A boa utilização das técnicas da “Swot” ajuda a estruturar estratégias para obter esses resultados.
É certo que o maior número de bons negócios surge em momentos de crescimento da economia, mas também boa parte surge em meio às crises e incertezas. E isso vale tanto para a vida pessoal quanto para a corporativa. De qualquer forma, saber direcionar o foco dos objetivos no sentido de tirar melhor proveito das oportunidades é tarefa do gestor preocupado com o rápido e seguro retorno dos investimentos.
A “Análise de Swot”, como enfatizado, é ótima ferramenta para auxiliar a busca desse retorno. É a primeira escala do planejamento. Ao utilizá-la, ela vai permitir uma avaliação dos valores internos (Pontos fortes e fracos) e externos (Ameaças e Oportunidades), e com isso dar um diagnóstico instantâneo que permita ajustar, melhorar e aprimorar setores, produtos ou serviços. É essa a finalidade da “Swot”, criada pelos profs. Kenneth Andrews e Roland Christensen.
S | Strengths | Forças |
W | Weaknesses | Fraquezas |
O | Opportunities | Oportunidades |
T | Threats | Ameaças |
Empresa: “Ameaças” e “Oportunidades” |
-Como ela se situa no mercado? Isso em termos do seu “ambiente” (localização) e no ranking produtivo; -Quais os pontos fortes e fracos do negócio? Onde ela deve se fortalecer em relação aos produtos, concorrência, empregados, clientes e fornecedores? -Como, quando e em qual intensidade explorar seus pontos fortes, ampliar o marketing, melhorar a reputação no mercado, sufocar a concorrência, ganhar mercado, reter clientes e expandir faturamento e lucros? -Há ameaças de continuidade no fornecimento de insumos e matéria-prima? Quem sabe seja o momento de buscar novos fornecedores ou mesmo recorrer à importação. -Há ameaças de produtos substitutos, similares, cópias, imitações, falsificações, etc. lançados pelos concorrentes, os quais podem ameaçar seus negócios? Qual o poder de fogo dessas ameaças? Que estratégias armar para fazer frente a elas, retirá-las de mercado, aproveitar oportunidades, crescer e cristalizar a sustentabilidade? -Quais são os “produtos da moda” que o gestor deve aproveitar e agregar ao seu portfólio? -Há ameaças à sua existência ou ao seu crescimento? -Impostos: Há ameaças de aumento ou redução da carga tributária dos seus produtos ou serviços produzidos? Se há, como agir e (re)ajustar custos e margens operacionais? |
Produtos, serviços, preços, marca, distribuição, fornecedores, novos clientes. Pontos “fortes” e “fracos” |
-Quais os pontos fracos dos produtos produzidos ou dos serviços prestados, que devem ser fortalecidos para enfrentar os produtos “entrantes”? -Ponto forte: o que a empresa faz de melhor, e o que não faz e pode ser melhorado? -É um momento estratégico para lançamento ou relançamento de produtos ou serviços? -Qual a avaliação conceitual dos consumidores dos seus produtos produzidos em relação aos similares? -Os preços dos produtos é o ponto forte da empresa? E a qualidade, embalagem, marca, propaganda, sistema de distribuição, garantia de trocas ou substituições? -Assistência Técnica: Como os clientes veem/avaliam esse tipo de atendimento? Eficiente, precário, rápido, moroso? -“Logística-Reversa”: Como está o impacto com os clientes, órgãos governamentais, sociedade na tratativa dos seus produtos “reversíveis”? Não seria momento de estruturar-se para essa demanda? -Como andam as vendas pela Internet? A empresa pensou em promover expansão nesse nicho visando reter e fidelizar novos clientes e aumentar a fatia das vendas no mercado? -Como está a demanda no mercado interna (outras praças) dos produtos? -Exportações: o que há de planejamento sobre esse tema? |
Empregados: Pontos “fortes” e “fracos” |
-Promover harmonia interna entre os empregados; -Reduzir índices de acidentes de trabalho; -Formar equipes experientes, colaborativas, compromissadas com a produtividade e a empresa; -Promover, habitualmente, cursos de treinamento, reciclagem, capacitação; -Incentivos, prêmios, participação nos resultados são formas de tornar “fortes” homens e equipes de trabalho. |
Investimentos: “Ameaças” e “Oportunidades” |
-Como está a economia nacional? Não seria hora de expansão de planta industrial, abertura de novas filiais, aquisição de maquinários e novas tecnologias, etc? -Quanto aos investimentos: há estudos para aquisições, fusão, incorporação, etc? -No campo de novas tecnologias, há pesquisas internar nesse sentido para renovar ou ampliar o portfólio? |
Todas essas questões o gestor deve estudar, avaliar e responder com precisão. Claro que para cada tipo de negócio as perguntas e respostas não serão iguais. Esse quadro demonstra alguns exemplos possíveis, mas o importante é elencar os questionamentos afim de obter as repostas adequadas. Dentro de um mercado competitivo, as oportunidades surgem e se não aproveitadas a concorrência acaba por aproveitar. Fica claro, portanto, que o processo de compreensão dessa Análise, e o mapeamento dessas forças, podem facilitar a criação de novas ideias e estratégias, resultando um trabalho final útil e eficiente.
Inácio Dantas
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