quarta-feira, 25 de maio de 2011

Líder de equipe e Liderados. Uma visão operacional.

   

       Exemplo 1


     Liderado: Há profissional experiente, e até mesmo com pouca ou nenhuma experiência, que às vezes considera-se um “ás” na função, insubstituível, e que há pouco ou quase nada para aprender. Suas operações diárias faz rigorosamente dentro do cronograma traçado, mas sem aquele “algo mais”. Retrai-se e não colabora plenamente com seus conhecimentos e força máxima. Acha dispensável tentar novos métodos para executar velhas rotinas. Acomodou-se e raciocina que “do jeito que tá, tá bom...”;
     Líder: Contrariamente ao liderado, o líder de uma equipe não pode e nem deve se acomodar. Ele é o carro-motor, aquele que puxa os vagões e põe o trem da empresa em movimento. Se um liderado acha que “do jeito que tá, tá bom”, o líder deve achar que “tá bom, mas pode melhorar”.
     Por mais ágeis que estejam as operações, e por mais hábeis que sejam os operadores, há sempre algo novo que pode ser testado, aprovado e implementado - e com isso a busca da produção plena. E essa busca deve ser contínua, ininterrupta – que somente se alcança com a estreita integração entre os membros da equipe.
     Todo funcionário, numa autoavaliação, sempre acha que está dando 100% de si em prol da empresa. Porém, para o líder, às vezes ele está dando 50% e olha lá... Logo, há um expressivo diferencial a ser completado, seja na forma, no método ou na manipulação dos insumos, peças, tarefas, equipamentos, ferramentas... O objetivo, sempre, é alcançar produtividade próxima do limite do potencial, seja do homem ou da máquina, indiferente se é na área produtiva ou administrativa;

       Exemplo 2

     Liderado: Ele não quer sair da zona de conforto. Quer a praticidade, a mesmice, a rotina-padrão. O “algo-mais”? Nem pensar... Na cabeça dele há uma filosofia vã, tipo, “se eu dobrar a produção vou continuar a ganhar o mesmo salário...”;
     Líder:  Se, por um lado, a rotina-padrão é eficiente num determinado sistema produtivo, em outro a inventividade do profissional pode ser um lumiar para o sucesso. Em ambos os casos, o “algo mais” vale ouro.
     Dentro das quatro linhas da empresa cabe ao líder, com perspicácia, cobrar os 50% de produtividade que faltam. O liderado sabe, muito bem, que está aquém do pico máximo do seu potencial. E sabe que pode melhorar e colaborar “numa boa”. Porém, se o líder não liga a tomada das cobranças, a energia para a busca desse percentual não é acesa.

     Ressalte-se que, em ambientes onde se requer técnica e inventividade, o trabalho jamais será repetitivo e igual. Por um lado, exigirá mais inteligência nas tarefas; por outro, oferecerá maior remuneração. Dinamizar e otimizar os processos, para que eles se interconectem com sincronismo, vai permitir tonificar a produtividade e qualificar a mão de obra. Simultaneamente, a partir de uma sacudida nos brios dos liderados, a ideia errada de “não fazer mais com o mesmo salário” poderá ser reconsiderada, refletindo nos holerites o plus que se produziu ao longo de um tempo.
    Por fim, os pensamentos e as ações do líder e liderados devem estar sintonizados com o propósito único de “se está bom, pode ficar ainda melhor”! 

    Inácio Dantas

Temas relacionados (De bem com a vida):

Temas complementares (Dif. Entre Balanço e balancete):

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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Autossufiência, prepotência: cuidado, todos nós temos nossos limites.




       Faça reuniões com os membros da sua equipe e ouça deles ideias e opiniões de como melhorar os trabalhos. Motive-os. Funcionários motivados é sinônimo de menor desperdício e maior produção.


     O líder, ser humano com suas imperfeições, virtudes, forças e fraquezas, deve ter em mente que ele, e ninguém, é o centro da razão, por mais razão que possa ter. Há, sempre, mesmo que considere pequena, a possibilidade de estar errado ou a solução do problema ter dupla interpretação. Qualquer coisa, olhada por várias pessoas em ângulos diferentes, terá obrigatoriamente, por cada qual, uma definição diferente. Ao medir a extensão de uma peça, uma polegada é o mesmo que dois centímetros e cinquenta e quatro decímetros. Todos, portanto, cada um a seu modo, pode estar a falar da mesma coisa. Logo, ao decidir um trabalho baseado numa intuição, dúvida, interpretação equivocada, ou até mesmo num erro involuntário, permitirá erguerem-se estruturas sólidas sob alicerces frágeis. E aí pode surgir o insucesso.
     Em decisões vitais para os negócios da empresa, jamais o líder deve considerar-se o “infalível”, o “dono da razão”. É basilar refutar a prepotência. Há que abrir espaço para a humildade e aceitar que as mãos da ajuda se estendam para si. E essa ajuda se traduz em sugestões, opiniões, correções, palpites fundamentados, ideias propositivas. Deve-se lembrar do aforismo “duas cabeças pensam mais que uma”. Ele é um alerta, um ensinamento antigo, mas que vale muito no nosso cotidiano.
     Embora o líder tenha poder para decidir sozinho, e seja um profissional responsável e experiente, há variáveis internas e externas que, após bem avaliadas, podem influir na sua decisão. Por exemplo: quando decidir?, como decidir?, quanto será o custo?, quais os riscos de erros e falhas? De posse dessas avaliações, a certeza que a princípio era indubitável de repente pode ser posta em cheque e o líder alterar o curso da sua decisão. Não se pode esquecer que falhas e erros de decisões acontecem. Com frequência. Basta ver às margens, nas avenidas da cidade, quantas grandes obras fracassadas tiveram como líderes profissionais “donos da razão” e que se consideravam “infalíveis”.
     Em verdade, todos nós temos nosso limite de capacidade, por mais capazes que sejamos. Reconhecer a divisa desse limite, e não ultrapassá-lo desarrazoadamente, pode nos conduzir a excelentes resultados.
    O líder deve, sim, confiar piamente na sua capacidade e no seu tino para os negócios. Mas, vez por outra deve desconfiar de um súbito lapso de memória, um átimo de distração, um apagão repentino, enfim, o surgimento de um fator estranho que possa desviar sua atenção e influenciar sua decisão.
     Ao perceber que as perguntas já não encontram respostas e que está prestes a falhar, de pronto deve vestir o jaleco da humildade, acionar sua equipe e ouvir vozes graduadas. Em hipótese alguma deve furtar-se a um pedido de ajuda. O que for alertado servirá como parâmetro, ou para uma retomada de curso e mudar o que for preciso, ou até para corroborar o que decidir. Uma pequena ajuda que venha somar, e fortalecer sua avaliação, é sempre de grande valia, para si, sua equipe e a empresa.

     Inácio Dantas

     Temas relacionados (Decisões estruturadas):

    Temas complementares (Impostos diretos, indiretos...):

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http://gestao-e-lideranca.blogspot.com/2010/11/voce-deseja-se-destacar-como-lider.html 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Polêmicas, atritos no trabalho? Doze “dicas” para bem relacionar-se (VIII)




1.Incentivar, através de prêmios, quem conseguir fechar cotas de produção e vendas, é manter toda a equipe ‘acesa’, imbuída do espírito de superação. Ganha o empregado motivação e prêmio; ganha a empresa o aumento do seu faturamento.

2.Para construirmos algo, a mente envia ao corpo uma ordem de execução. Se o pensamento for bem articulado essa ordem irá propiciar uma construção progressista. Por isso, ponha a cabeça para idealizar. Pense. Ela é redonda para as idéias não ficarem num canto...

3.Ao cometer uma falha corrija-a de pronto e tenha-a como lição para não mais falhar. Não a oculte, pois ao tentar ocultá-la estará falhando em dobro.

4.Quando sucessivas coincidências o fizerem realizar bons negócios, pare para analisar se é resultado de uma boa administração ou é simplesmente fruto da sorte.

5.Uma verdade enfraquece quando tenta esconder uma única mentira, e uma mentira fica mais poderosa quanto mais verdades tenta esconder.

6.Às vezes deixamos de fazer grandes negócios por não coordenar pensamento e ação: quando é para agir, pensamos; quando é para pensar, agimos.

7.O perseverante está sempre à frente dos demais, sabe por quê? Ele não espera chegar, ele vai ao encontro de; e ele não espera que aconteça, ele faz o acontecer!

8.Três coisas estão entre as mais importantes da vida: Trabalhar, conquistar tudo que quer, e usufruir das conquistas. Mas, cuidado, ou o terceiro item será usufruído por outro...

9.Seu trabalho ganhará mais importância na empresa quando ele estiver bem feito e, agregado a outros trabalhos, gerarem um produto perfeito!

10.Se você tem potencial, não lamente de iniciar uma carreira apenas limpando pincéis de um pintor. Com o passar do tempo, dedicação e observação acurada nas telas, você poderá se transformar num gênio!

11.Esteja alerta para aquele tipo de funcionário que está sempre desperto e bem disposto para a ociosidade, e cansado e indolente para o trabalho.

12.A palavra ‘mal agradecido’ é um sinônimo para aquele que recebe uma ajuda sem merecer, despreza-a, e em breve tempo dela se desfez.

     Inácio Dantas

     Temas complementares (Intrigas no trabalho):
  
    Temas relacionados (Liderança – Balanced Scoredcard-BSC):
  
     Temas afins (em espanhol):

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Balanced Scoredcard (BSC). Objetivos e Metas (Uma visão didática).


          Objetivos & Metas – Aplicando o BSC-Balanced Scoredcard
           (Uma abordagem didática)

     Há a formiga cortadeira, a carregadeira, a soldado... E, embora irracionais, cada qual exerce sua função, tornando o formigueiro uma sociedade harmônica e bem organizada. Fazendo uma analogia às empresas, é a boa gestão dos objetivos e metas que vão torná-las harmônicas e bem organizadas.
     Conceito 

    Bons resultados, entenda-se vendas, rentabilidade, lucros, podem ser obtidos com controles eficientes, tanto administrativos quanto econômicos, contábeis, estatísticos, etc. Realizar metas, seja num determinado setor ou na empresa como um todo, pode ser feito utilizando-se desde planilhas simples até um BSC-Balanced Scoredcard minucioso. O que importa é a busca por bons resultados afim de consolidar objetivos e fortalecer os negócios. Quando há objetivos traçados, o esforço por alcançá-los torna-se um desafio e a conquista um régio prêmio. Contrariamente, não ter objetivos definidos faz com que a equipe trabalhe no trivial, ao sabor dos acontecimentos, sem criatividade e aquele “algo mais”, arriscando-se a colher resultados adversos.
     É fundamental ter definido os números desejados para que o retorno final se apresente de forma positiva. Todo trabalho desenvolvido pelo gestor e sua equipe nessa busca, em interação com o trabalho da área produtiva ou administrativa, há que ser feito com sinergia e excelência, pois só assim os bons resultados aparecem. Por conseguinte, é fundamental observar alguns conceitos, como por exemplo:


     BSC-Balanced Scoredcard (Kaplan & Norton – Perspectiva)

     Dentro de um BSC pode-se estipular: perspectivas, Mapa de Estratégia, Objetivos, Indicadores, Metas, Ações.

                                               (Exemplo didático):
                                           BSC-Objetivos – Exercício 20x0
    Clientes:
     Empregados:
Aumento do Índice de Satisfação dos Clientes
Aumento do Índice de   Retenção dos Clientes
Aumento do No. de Clientes
Aumento da venda média diária/mensal  por cliente
Etc
Aumento do Índice de Satisfação dos Empregados
Aumento do Índice de produtividade
Redução dos acidentes de trabalho (Processos Internos)
Aumento do tempo de fixação no trabalho & Redução do turnover
Etc
   Vendas & Lucros
    Taxas de Retorno
Crescimento das vendas (Volume físico e Percentual)
Redução dos Custos e Despesas
Aumento do Lucro Operacional
Aumento do fluxo de caixa e melhora dos Índices de Liquidez
Etc
Aumento do ROI e ROA
Aumento do LAJIDA¹
Aumento do lucro por ações
*  Etc.
                      ¹LAJIDA – Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciações, Amortizações

     Índices de Retorno

     Com relação específica ao ROI¹ (índice de interesse do acionista) e o ROA²  (índice de interesse da empresa), convém ressaltar que o índice de lucro obtido ao final do ano pela empresa, seja, por exemplo, ao menos os remunerados pela taxa Selic. Esse tipo de lucro é chamado de “Lucro Normal”. Por outro lado, ao considerar-se que a Selic anual seja da ordem de 11%, é interessante que o balanço apresente uma taxa de ROI e ROA nesse nível ou superior. Numa conta rápida, pode-se exemplificar uma empresa com Capital de R$ 100.000,00 que no ano realiza um lucro líquido de R$ 9.000,00. Isso corresponde a 9% do Capital. Ora, se ela aplicasse o Capital a prazo fixo, no mercado financeiro, teria como retorno algo em torno de R$ 11.000,00, valor, portanto, superior ao lucro auferido. Conclui-se, assim, que houve uma perda de R$ 2.000,00 em relação à aplicação.
    É evidente que em certos períodos da empresa, o lucro é e será sempre bem-vindo, notadamente diante de crises conjunturais, fortes concorrências, ou mesmo quando do início das atividades operacionais, época de investimentos massivos. Porém, fora essas exceções, o retorno do capital, ou o “lucro extra, lucro extraordinário ou lucro econômico”³ há de ser perseguido, pois é este tipo de lucro que permite as empresas acumularem capital, crescerem e se agigantarem.

     ¹ROI-Retorno Operacional s/Investimentos; ²ROA-Retorno Operacional s/Ativo
                



     ³”Lucro extra, lucro extraordinário ou lucro econômico” = Receitas – Custos Contábeis – Custo de Oportunidade. É obtido com a contínua redução dos custos, numa Economia Crescente de Escala.
        Custo de Oportunidade não é registrado no processo contábil das empresas.

     Inácio Dantas
   Do livro Ebook “Liderançae Gestão descomplicada

     Temas complementares (Cálculo de Montante, juros, Selic):



     Temas afins (Prosperidade individual):