quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Análise de Swot – Uma abordagem didática - Forças, Fraquezas, Ameças, Oportunidades

           “Análise de Swot”
            (Uma abordagem didática)

     É fundamental conhecer (ou ao menos ter noção), dentro do âmbito dos negócios, os pontos fortes e os pontos fracos, afim de robustecer as forças e fortalecer as fraquezas. No entorno, há que se monitorar a concorrência, os entrantes, etc., afim de avaliar as ameaças, suplantá-las e aproveitar as oportunidades para crescer vendas, lucros e ativos. A boa utilização das técnicas da “Swot” ajuda a estruturar estratégias para obter esses resultados.
     É certo que o maior número de bons negócios surge em momentos de crescimento da economia, mas também boa parte surge em meio às crises e incertezas. E isso vale tanto para a vida pessoal quanto para a corporativa. De qualquer forma, saber direcionar o foco dos objetivos no sentido de tirar melhor proveito das oportunidades é tarefa do gestor preocupado com o rápido e seguro retorno dos investimentos.
     A “Análise de Swot”, como enfatizado, é ótima ferramenta para auxiliar a busca desse retorno. É a primeira escala do planejamento. Ao utilizá-la, ela vai permitir uma avaliação dos valores internos (Pontos fortes e fracos) e externos (Ameaças e Oportunidades), e com isso dar um diagnóstico instantâneo que permita ajustar, melhorar e aprimorar setores, produtos ou serviços. É essa a finalidade da “Swot”, criada pelos profs. Kenneth Andrews e Roland Christensen.

  S

 Strengths

    Forças

  W

 Weaknesses

    Fraquezas

  O

 Opportunities

    Oportunidades

  T

 Threats

    Ameaças










                            
       A aplicabilidade dessa Análise nos negócios permite ao gestor extrair suas próprias respostas. Algumas perspectivas:

  Empresa: “Ameaças” e “Oportunidades”
  -Como ela se situa no mercado? Isso em termos do seu “ambiente” (localização) e no ranking produtivo;
  -Quais os pontos fortes e fracos do negócio? Onde ela deve se fortalecer em relação aos produtos, concorrência, empregados, clientes e fornecedores?
  -Como, quando e em qual intensidade explorar seus pontos fortes, ampliar o marketing, melhorar a reputação no mercado, sufocar a concorrência, ganhar mercado, reter clientes e expandir faturamento e lucros?
  -Há ameaças de continuidade no fornecimento de insumos e matéria-prima? Quem sabe seja o momento de buscar novos fornecedores ou mesmo recorrer à importação.
  -Há ameaças de produtos substitutos, similares, cópias, imitações, falsificações, etc. lançados pelos concorrentes, os quais podem ameaçar seus negócios? Qual o poder de fogo dessas ameaças? Que estratégias armar para fazer frente a elas, retirá-las de mercado, aproveitar oportunidades, crescer e cristalizar a sustentabilidade?
  -Quais são os “produtos da moda” que o gestor deve aproveitar e agregar ao seu portfólio?
  -Há ameaças à sua existência ou ao seu crescimento?
  -Impostos: Há ameaças de aumento ou redução da carga tributária dos seus produtos ou serviços produzidos? Se há, como agir e (re)ajustar custos e margens operacionais?

   Produtos, serviços, preços, marca, distribuição, fornecedores, novos clientes. Pontos “fortes” e “fracos”
  -Quais os pontos fracos dos produtos produzidos ou dos serviços prestados, que devem ser  fortalecidos para enfrentar os produtos “entrantes”?
  -Ponto forte: o que a empresa faz de melhor, e o que não faz e pode ser melhorado?
  -É um momento estratégico para lançamento ou relançamento de produtos ou serviços?
  -Qual a avaliação conceitual dos consumidores dos seus produtos produzidos em relação aos similares?
  -Os preços dos produtos é o ponto forte da empresa? E a qualidade, embalagem, marca, propaganda, sistema de distribuição, garantia de trocas ou substituições?
  -Assistência Técnica: Como os clientes veem/avaliam esse tipo de atendimento? Eficiente, precário, rápido, moroso?
  -“Logística-Reversa”: Como está o impacto com os clientes, órgãos governamentais, sociedade na tratativa dos seus produtos “reversíveis”? Não seria momento de estruturar-se para essa demanda?
  -Como andam as vendas pela Internet? A empresa pensou em promover expansão nesse nicho visando reter e fidelizar novos clientes e aumentar a fatia das vendas no mercado?
   -Como está a demanda no mercado interna (outras praças) dos produtos?
   -Exportações: o que há de planejamento sobre esse tema?

  Empregados: Pontos “fortes” e “fracos”
 -Promover harmonia interna entre os empregados;
 -Reduzir índices de acidentes de trabalho;
 -Formar equipes experientes, colaborativas, compromissadas com a produtividade e a empresa;
 -Promover, habitualmente, cursos de treinamento, reciclagem, capacitação;
 -Incentivos, prêmios, participação nos resultados são formas de tornar “fortes” homens e equipes de trabalho.

  Investimentos: “Ameaças” e “Oportunidades”
 -Como está a economia nacional? Não seria hora de expansão de planta industrial, abertura de novas filiais, aquisição de maquinários e novas tecnologias, etc?
 -Quanto aos investimentos: há estudos para aquisições, fusão, incorporação, etc?
 -No campo de novas tecnologias, há pesquisas internar nesse sentido para renovar ou ampliar o portfólio?

    Todas essas questões o gestor deve estudar, avaliar e responder com precisão. Claro que para cada tipo de negócio as perguntas e respostas não serão iguais. Esse quadro demonstra alguns exemplos possíveis, mas o importante é elencar os questionamentos afim de obter as repostas adequadas. Dentro de um mercado competitivo, as oportunidades surgem e se não aproveitadas a concorrência acaba por aproveitar. Fica claro, portanto, que o processo de compreensão dessa Análise, e o mapeamento dessas forças, podem facilitar a criação de novas ideias e estratégias, resultando um trabalho final útil e eficiente.

    Inácio Dantas

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