Faça reuniões com os membros da sua equipe e ouça deles ideias e opiniões de como melhorar os trabalhos. Motive-os. Funcionários motivados é sinônimo de menor desperdício e maior produção.
O líder, ser humano com suas imperfeições, virtudes, forças e fraquezas, deve ter em mente que ele, e ninguém, é o centro da razão, por mais razão que possa ter. Há, sempre, mesmo que considere pequena, a possibilidade de estar errado ou a solução do problema ter dupla interpretação. Qualquer coisa, olhada por várias pessoas em ângulos diferentes, terá obrigatoriamente, por cada qual, uma definição diferente. Ao medir a extensão de uma peça, uma polegada é o mesmo que dois centímetros e cinquenta e quatro decímetros. Todos, portanto, cada um a seu modo, pode estar a falar da mesma coisa. Logo, ao decidir um trabalho baseado numa intuição, dúvida, interpretação equivocada, ou até mesmo num erro involuntário, permitirá erguerem-se estruturas sólidas sob alicerces frágeis. E aí pode surgir o insucesso.
Em decisões vitais para os negócios da empresa, jamais o líder deve considerar-se o “infalível”, o “dono da razão”. É basilar refutar a prepotência. Há que abrir espaço para a humildade e aceitar que as mãos da ajuda se estendam para si. E essa ajuda se traduz em sugestões, opiniões, correções, palpites fundamentados, ideias propositivas. Deve-se lembrar do aforismo “duas cabeças pensam mais que uma”. Ele é um alerta, um ensinamento antigo, mas que vale muito no nosso cotidiano.
Embora o líder tenha poder para decidir sozinho, e seja um profissional responsável e experiente, há variáveis internas e externas que, após bem avaliadas, podem influir na sua decisão. Por exemplo: quando decidir?, como decidir?, quanto será o custo?, quais os riscos de erros e falhas? De posse dessas avaliações, a certeza que a princípio era indubitável de repente pode ser posta em cheque e o líder alterar o curso da sua decisão. Não se pode esquecer que falhas e erros de decisões acontecem. Com frequência. Basta ver às margens, nas avenidas da cidade, quantas grandes obras fracassadas tiveram como líderes profissionais “donos da razão” e que se consideravam “infalíveis”.
Em verdade, todos nós temos nosso limite de capacidade, por mais capazes que sejamos. Reconhecer a divisa desse limite, e não ultrapassá-lo desarrazoadamente, pode nos conduzir a excelentes resultados.
O líder deve, sim, confiar piamente na sua capacidade e no seu tino para os negócios. Mas, vez por outra deve desconfiar de um súbito lapso de memória, um átimo de distração, um apagão repentino, enfim, o surgimento de um fator estranho que possa desviar sua atenção e influenciar sua decisão.
Ao perceber que as perguntas já não encontram respostas e que está prestes a falhar, de pronto deve vestir o jaleco da humildade, acionar sua equipe e ouvir vozes graduadas. Em hipótese alguma deve furtar-se a um pedido de ajuda. O que for alertado servirá como parâmetro, ou para uma retomada de curso e mudar o que for preciso, ou até para corroborar o que decidir. Uma pequena ajuda que venha somar, e fortalecer sua avaliação, é sempre de grande valia, para si, sua equipe e a empresa.
Inácio Dantas
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