sexta-feira, 1 de junho de 2012

Dar ordens, mandar ou liderar?



     Vinte mandamentos para bem liderar
    
     Nas atribuições diárias do líder ou gestor, é comum acumularem-se afazeres - agenda, reuniões, imprevistos de última hora, etc. Nesse corre-corre, às vezes se esquece de refletir sobre como bem tratar os liderados. E ao se dirigir a eles, imperceptivelmente, acaba por se expressar mal, dizendo o que não deveria dizer, perdendo a fleuma e revelando ser quem não é.
     Inspirar fundo e refletir nos momentos agudos é necessário. Palavras, ou atitudes “não simpáticas”, devem estar revestidas de um caráter profissional para não melindrar relações. Algumas considerações a observar:

     I-Não manter na equipe funcionário mau-caráter, indisciplinado ou desagregador. Como diz o adágio, uma “laranja podre contamina a caixa inteira”.

     II-Jamais ofender um funcionário em público. Pode-se demonstrar autoridade, mas perde-se o respeito do ofendido e tem o gesto repudiado pelos demais.

  III-Evitar envolvimento passional com algum funcionário da equipe. Além dos aspectos legais (CLT) haverá alguém que pode se sentir privilegiado e criar embaraços.

   IV-Evitar proteger ou dar regalias a um funcionário ineficiente. A empresa perde com a improdutividade deste e desincentiva os que produzem.

    V-Não privilegiar um funcionário em detrimento a outro. Há que tratá-los igualmente. Eles percebem essa distinção no trato, a qual pode influenciar no ritmo e na qualidade do trabalho.

  VI-Evitar manter na equipe pessoas despreparadas ou incultas. Para obter-se grandes trabalhos deve-se acercar de grandes inteligências.

 VII-Treinar os membros da equipe. É primordial uni-los promovendo cursos e palestras afim de mantê-los “nos trinques”, atualizados com a tecnologia moderna. Uma equipe unida e bem treinada será uma equipe vencedora.

   VIII-Jamais punir um funcionário acusado por uma irregularidade, fruto de um boato, ilação ou suposição. Antes, há que se analisar criteriosamente o fato para decidir com justeza e correção.

    IX-Evitar comentários depreciativos de um funcionário para outro. Breve, todo o setor estará sabendo. A “rádio-peão” é ágil e infalível...

    X-Jamais ter a presunção de que é o maior, o melhor, o infalível. O presunçoso que se julga invencível acaba derrotado pela própria presunção.

   XI-Evitar demitir um profissional que aparentemente não se adaptou na função. Deve-se dar uma segunda chance. Talvez transferi-lo de função, horário, setor... Há casos de um jogador que é um péssimo goleiro, mas é um excelente centro-avante.

 XII-Exercer o comando como deve ser um líder: calmo, sereno, tranquilo. Não o fazer sob o império do medo, pressão ou ameaças. Não menosprezar ou ofender moralmente um funcionário. Ao valorizá-lo ele será leal; ao enaltecê-lo será um aliado.

 XIII-Ao determinar um trabalho para um profissional hábil, não aceitar o serviço pronto tipo “mais ou menos”, ou “quebra-galho”... Deve-se exigir qualidade, de ótimo para cima.

 XIV-Ter sensibilidade no trato com funcionários de minorias étnicas, homofóbicas, diferenças de religião, etc. Evitar brincadeiras irônicas ou desprezá-los. Deve-se tratá-los de igual para igual como pessoa e profissionalmente, respeitando suas opções e desigualdades.

 XV-Escolher um sub-líder na equipe, alguém responsável, capaz, de plena confiança, um “alter-ego”. Prepará-lo para que ele possa substituir o titular numa eventual ausência, ou mesmo para ser também um futuro líder.

 XVI-Não misturar negócios e amizade dentro da empresa no horário de trabalho. O lado profissional deve sempre se sobrepor ao particular. Não dissociar esse fato pode fazer o líder perder a voz da liderança.

 XVII-Ser firme no comando e fazer ver essa firmeza. Ao demonstrar fraqueza os outros se fortalecem e detêm o controle da situação.

 XVIII-Se o líder é bacharel ou doutor, diante dos mais simples há que despir a toga da superioridade e nivelar-se a eles quando o momento assim exigir. É imperioso tê-los lado a lado e não dispersos, rivalizando ideias e contestando ordens.

 XIX-Assim como o líder repreende um subalterno, de repente pode ser repreendido por um superior. É imperioso manter, sempre, a calma e o equilíbrio.

  XX-Um líder não deve entrar em sua sala ou setor e refestelar-se em sua cadeira vendo o “tempo passar”, deixando suas atribuições para outro. Líder é autoridade e a liderança é vital. A inércia nada produz e pode prejudicar o que for produzido.

     Inácio Dantas

     Temas complementares (

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