domingo, 12 de fevereiro de 2012

Contingências: resolvendo-as hora exata.



     Resolver contingências é usar a expertise no lugar da impulsividade, a lógica no lugar da intuição, a coragem no lugar do medo. Reflita que na calmaria qualquer um conduz as velas; nas tormentas somente o bom velejador!

     Contingência: evento que pode ou não suceder ou existir; duvidoso, incerto.
     Hipoteticamente, imagine que você está dirigindo um caminhão com mercadorias da sua empresa numa avenida do centro de São Paulo, na hora do rush, trânsito engarrafado... Ao trafegar por uma avenida de mão única, de repente vê-se quase debaixo de um viaduto. Pela placa de limite de altura, a carroceria-baú do caminhão não passa embaixo do viaduto. Você desce, avalia a possibilidade de passar e constata que por um único centímetro não será possível. E, pior, não pode retornar, pois além do tráfego intenso é contra-mão... Nesse estágio você ouve carros buzinando e xingamentos dos motoristas. Como, então, administrar essa contingência?
     Avaliar a situação & decidir
     O primeiro passo é avaliar o ocorrido, com tranquilidade, cabeça no lugar, de forma racional. Não adianta acelerar e tentar passar na marra. O baú do caminhão poderá ficar entalado sob o concreto do viaduto. Ações desse tipo, irrefletidas, criam mais problemas que soluções.
     A falta do conhecimento do trânsito local - talvez você devesse ter consultado um guia de ruas -, e das limitações de altura do viaduto não foram previstas, e também você não podia prever, pois em razão do trânsito conturbado acabou por fazer uma rota alternativa. É aí, então, que entra o raciocínio periférico: estudar quais as opções à mão para resolver o problema rapidamente e de forma eficiente.
     Numa primeira opção você pega o celular para ligar para a logística e pedir peruas vans. Entende que transpor a carga para carros menores pode passar facilmente sob o viaduto e assim completar o trajeto, pois as mercadorias são perecíveis e está muito calor. Porém, o celular está “sem sinal”... Numa segunda opção decide esperar algum policial de trânsito chegar e ajudá-lo a dar marcha à ré no caminhão ou quem sabe escoltá-lo para sair do local. Porém, essa última opção pode demorar e as mercadorias se deteriorarem...
     Esse exemplo prosaico se encaixa bem num tipo de decisão rápida a ser tomada dentro de uma empresa, onde produção, custos, despesas, empregados e clientes e prazos estão envolvidos e seu dedo indicador pode apontar soluções brilhantes para contingências.
     No caso do caminhão, há uma opção que você não pensou, um recurso banal, rápido e fácil de executar para sanar o problema. Senão vejamos:
     O baú do caminhão não passa sob o viaduto por um centímetro. Logo, se você murchar os quatro pneus um centímetro e meio cada o caminhão fica mais baixo o suficiente para você passar tranquilamente e num posto de combustível próximo recalibrar os pneus e prosseguir viagem. Esse procedimento não precisaria de nenhum ajuda externa, e não demoraria mais que dois minutos.
     Esse tipo de solução num momento de sufoco, uma estratégia simples, mostra por que um profissional estrategista, que contorna as contingências com habilidade e sabedoria, destaca-se e impacta na função e é supervalorizado na empresa.

     Inácio Dantas
     Texto do livro e-book (epub):
     Lições para o autoaperfeiçoamento profissional ®

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