Amizades & Trabalho
Muitos profissionais perdem conceito numa corporação,
e até o próprio emprego, por privilegiar ou “proteger” amigos, quer seja
escondendo serviços errados ou até mesmo fazendo por eles o serviço deles. Não
seja vítima, fuja dessa armadilha. Como diz o dizer, “amigos, amigos; negócios à
parte”...
Amizades e trabalho não se misturam no ambiente
corporativo. São duas coisas heterogêneas que ao se misturarem conflitam-se e
uma pode prejudicar a outra. Quando o lado dos sentimentos se sobrepõe ao
profissional o resultado final é um trabalho medíocre – e até mesmo prejudicial
ao próprio profissional. E isso não faz parte dos planos, afinal degrada a
qualidade dos itens/marcas do portfólio da empresa.
Se você se inserir nesse caso, há um dilema a
optar: ou a amizade ou a empresa. É única a sua decisão – mesmo que você seja
dono da empresa. Divida e separe as coisas bem definidamente. Amizades são bens
que se “guardam no lado esquerdo do peito”, mas sob o logotipo da empresa - o
qual está acima, emblema principal. Amizades? No lado externo dos seus portões,
pois intramuros o aspecto profissional “fala mais alto” e deve ser seguido e
respeitado em prol de trabalhos, produtos em alto nível e a própria subsistência
da empresa.
Amizades geram privilégios; privilégios geram
inveja e ciúmes dos demais; conclusão: ruptura dos laços do bom-convívio entre
os profissionais, quebra do ritmo no processo produtivo, diminuição da eficiência,
aumento de acidentes, “mortes” de peças e produtos, atrasos nos pedidos, prejuízos...
Exemplos para reflexão:
-Você
assumiu um novo posto de trabalho? Bem, a partir de agora mude o seu jeito de
ser. Você tem seu estilo nato, sua “marca registrada”. Mantenha-os, seja
original. Conheça seus novos parceiros, seja amigo de todos e que todos sejam
seus amigos. Agora você precisa deles, e a recíproca é verdadeira. Porém, jamais
misture amizade & trabalho, eis que durante o horário de expediente seu
contrato é com a empresa. E, com os amigos, após o sinal de encerramento da
jornada, além dos muros da empresa.
Aquele “bom e grande
amigo” que lhe prestou favores inestimáveis no particular, ao qual você “deve
obrigações”, reserve-se de “quitar essa dívida moral” com assuntos (dentro ou
fora da empresa) que envolvam o nome da corporação que vocês trabalham juntos. Quando
esse tipo de “compromisso” é levado das ruas para dentro dos setores da empresa
(e acontecem com constância), ao final acabam por prejudicar ambas as partes. Lembre-se
sempre: amizade & trabalho são “água e óleo”, imiscíveis!
Prof. Inácio Dantas
Do livro “Lições para o Autoaperfeiçoamento
Profissional”